quinta-feira, 24 de agosto de 2017

[Resenha] Marmalade Boy Little: Um príncipe, a família e o primeiro amor de uma garota

Informações Gerais 
Título: Marmalade Boy Little
Autora: Wataru Yoshizumi
Continuação de: Marmalade Boy
Ano de Início: 2013
Gênero: Escolar, Romance, Slice of Life, Shoujo

[Importante: Esse é um mangá em processo de tradução, portanto, não há todos os capítulos ainda]
Onde ler: Mangá Host (Português, até o capítulo 17) e Tu Mangá Online (Espanhol, até o capítulo 30)

Trama & Enredo
Acabei de ler Marmalade Boy Little (que já era para ter lido faz tempo), e gostei demais de toda a história. Situado 13 anos após o final de “Marmalade Boy”, o mangá gira em torno dos irmãos menores de Yuu e Miki, que são Ritsuka Matsuura e Saku Koishikawa (também conhecido como “Hajime” por alguns). Ambos têm 12 anos de idade e estão no Ensino Fundamental.
O que me chamou atenção foi porque justamente pela faixa etária dos protagonistas, o enredo é mais inocente, digamos assim, em relação ao que geralmente se encontra em mangás shoujo, e o triângulo amoroso, na verdade, se torna mais um motivo para que a personagem principal se dê conta de seus reais sentimentos, e não a causa de desentendimentos com o rapaz, como é de costume nesse gênero.
O triângulo amoroso se dá quando Ritsuka (Rikka) se sente atraída por um colega de escola, chamado Aoi Namura, tido como o “príncipe” da instituição. “Namura”. Esse nome é reconhecível, certo? Se é isso que está pensando, acertou! Aoi-kun é filho da Meiko com o Na-chan...
Quando o conhece, Rikka desenvolve sentimentos pelo garoto, e então, começa a namorar Aoi-kun. Entretanto, mesmo nesse meio tempo, ela fica confusa sobre quem realmente é o seu verdadeiro primeiro amor: Aoi ou Saku, quem ela considera “apenas” um irmão?
Ademais, cada um dos dois se sente de uma forma perante a menina. Nesta parte, imaginava que haveria conflitos, porém me deparei com o contrário: ambos foram sinceros a respeito do que sentem por Rikka, frente a frente, tanto que, depois de um tempo, se tornam bons amigos.
Está aí mais um ponto marcante da trama: a amizade. Não é só porque tem/teve relações amorosas com determinada pessoa que deixaram de ser amigos. Claro que por um período não será a mesma coisa, mas os laços afetivos continuam a existir. Realmente, isso para mim foi a maior beleza da história; não houveram cenas forçadas e/ou exageradas de drama por conta de um término, mas sim, a demonstração de um sentimento puro de carinho por alguém especial.
E, se você, leitor está pensando que há uma outra garota no meio do caminho, teve sim, mas ela não atrapalhou em nada o relacionamento dos protagonistas. Ela compreendeu os sentimentos de Saku, sendo que, desde cedo mostrou-se como uma grande amiga fiel à Rikka.
Por ter um caráter mais leve e suave, esse mangá me conquistou por completo, e quando dei por mim, já havia acabado de ler os capítulos disponíveis. Ao ler, dei muitas risadas e em alguns momentos também fiquei com o coração apertado. Com certeza, essa autora tem a capacidade de me entreter e me comover com suas narrativas, sem contar os personagens, os quais são extremamente cativantes! Confesso que, pela primeira vez não soube com quem shippar a protagonista, pois ambos os rapazes tinham/tem um lugar no meu coração!
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Personagens Principais, Secundários e suas Personalidades
Comparativos com a família
Tanto a aparência quanto os traços da personalidade da Rikka me lembraram muito a Miki. Seu jeito de agir quando está envergonhada ou sem saber o que fazer, é idêntico ao da Miki, o que, por vezes, gera uma dose de comédia por entre as páginas.
Saku é introvertido e inteligente, e possui os mesmos gostos por arquitetura que Yuu Matsuura, seu irmão mais velho. Achei interessante essa semelhança na personalidade de ambos os personagens, que ao que parece, se dão muito bem!
A personalidade de Aoi se assemelha tanto com seu pai quanto com a mãe, porque ambos são doces e compreensivos, características que Aoi herdou sem sombra de dúvidas. No entanto, acho que ele tem um lado mais racional com certas situações, igualmente ao pai, Shinichi Namura, como também é sensível e amável sentimentalmente falando, assim como a mãe, Akizuki Meiko. (Nossa, que nostalgia bateu agora! Até lembrei de umas cenas da Meiko com o seu amado).

Situação conjugal/pessoal dos personagens
Uma questão que me agradou bastante foi o fato de mencionar a situação de cada um (que agora estão na casa dos 30 anos). Tal como Miki e Yuu, seus amigos Arimi, Ginta, Meiko, Na-chan, Satoshi, Suzu e Kei também aparecem, e têm algumas cenas nas quais os personagens discutem o que farão no futuro, ou seja, quais serão os planos como um verdadeiro casal.
Foi interessante descobrir as emoções deles e como a vida profissional pode interferir no pessoal, a ponto de ocorreram mal-entendidos entre si. Foi bom ver como todos amadureceram na forma de agir e pensar, mas mantendo aquela personalidade marcante que havia tanto no mangá quanto no anime de “Marmalade Boy”, uma obra inesquecível para mim.

(Momento Confissão)
Eu sou tão fascinada por “Marmalade Boy” que li o mangá pensando na voz dos dubladores que faziam a Miki, Yuu e demais personagens, e até mesmo imaginei como seria a Rikka, Saku e Aoi sendo interpretados em um anime, se houvesse um. Ah, e até lembrei de algumas canções da OST do anime ao ler algumas cenas! Podem me chamar de louca, sem problemas! Mas, se você também tem esse “problema” de imaginar as coisas, então me diga, pelo menos não estarei sozinha nessa, certo? Hahahaha.

Cenas & Nostalgia
Sobre alguns detalhes a mais, eu realmente fiquei contente ao perceber que em certas falas, haviam leves menções ao passado, por exemplo a biblioteca da escola, onde Meiko se encontrava com Na-chan. Em outras cenas em que os protagonistas diziam que ouviram falar através dos pais ou dos irmãos (No caso o Yuu e a Miki), me faziam lembrar repentinamente dos acontecimentos de “Marmalade Boy”, e me traziam uma imensa sensação de nostalgia ao me recordar.
Outra coisa da qual gostaria de abordar, é que a autora “resgatou” personagens do mangá anterior, no caso as gêmeas Mayu e Maho, mestiças de pai japonês e mãe alemã, filhas do primo/irmão da Chiyako.

Cenário e Inspiração
Em termos de cenário, o que me agradou bastante foi que no decorrer da história foram mencionados diversos pontos turísticos do Japão, em várias cidades:
1.    Kamakura: São mencionados a Komachi-dori, o Templo Tsurugaoka
2.    Enoshima: Sky Tree, Love’s Bell (Sino do amor)
3.    Kyoto: É mencionado o Mercado Nishiki, o Santuário de Heian, a Zona de Arashiyama, Fushimi Inari e o Templo Kinkakuji (Templo Dourado)
A menção a estas localidades, deu à obra um ar mais cultural, o que me aguçou a curiosidade. Depois de ver alguns lugares tão atraentes e em cenas tão lindas, me inspirou a pesquisar e a saber mais sobre esses locais. Gostaria muito de visitar algum dia desses.... Quem sabe um dia não se realize, né? Até lá, não custa sonhar (e se informar).
Então, essa foi a minha recomendação de mangá de hoje. Se você gosta de algo mais leve e super fofo, com muito romance e bastante comédia, esta é a indicação certa! Apaixone-se por essa história!

Um comentário:

  1. Obrigada pela resenha, gosto do anime e não sabia antes que tinha esse mangá de 13 anos depois, é difícil os autores fazerem algo assim, agora fiquei bem curiosa do que vou achar, e vou ler agora mesmo.

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